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  • Foto do escritorIsabella Fernandes

Já é a sexta vez que vômito em duas horas...

Já é a sexta vez que vômito em duas horas, a luz do celular que uso agora parece um pequeno sol em minhas mãos, vocês não tem ideia de como isso dói. Meu corpo não para de tremer e eu não sei se é pela dor ou porque eu já nem tinha comido hoje e tudo que não havia no meu estômago eu já pus pra fora. De acordo com o médico hoje é um dia ruim, mas não porque você olhou pro céu é o dia está nublado só porque você ia pra praia (logo hoje?), não porque o seu crush não te respondeu ou porque você brigou com seu melhor amigo. Hoje é um dia ruim porque a dor está tão forte a ponto de eu não conseguir levantar da merda da cama, que eu não posso comer, que eu não posso ser alguma coisa. A dor está tão forte que já não sou mais eu, que minha mãe não dorme, que a morte me parece mais agradável, porque mortos não sentem dor ou pelo menos é o que dizem. De acordo com minha mãe a noite estava linda. O céu estrelado e a lua minguante brilhava como meu sorriso nos bons dias, mas eu não vi o céu, não vi muita coisa, minha visão embaça pela dor. A dor tem uma coisa até que interessante: ela é silenciosa. Chega na surdina e te invade. Seu silêncio só é interrompido pelos gritos internos dá agonia que ela causa e por uma lágrima ou outra que escorre pelo meu rosto. Eu sempre escrevo quando estou com dor porque chega uma hora que nosso corpo não tem mais nada pra por pra fora além de palavras e se você não as grita, elas te devoram...

Para: quem estiver disposto a ouvir. Com toda minha dor, Eu




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