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  • Foto do escritorIsabella Fernandes

Estou numa cena agora que você ia gostar...


Estou numa cena agora que você ia gostar: Estou no meu quarto, está frio, eu estou com um blusão branco, o cabelo bem cacheado e armado (de um jeito bagunçado bonito), com um cobertor vermelho sobre minhas pernas. Na vitrola roda um velho disco do Chico Buarque, na minha mão tenho um livro muito bonito de capa azul com detalhes dourados e na outra uma xícara de chá de hortelã saindo uma leve fumaça que preenche o quarto com um cheiro suave. Entre uma página e outra dou leves goles no chá. A brisa da noite chuvosa por vezes empurra as páginas, mas meus dedos seguram firmemente o livro de modo que ele mal se mexe, diferente do meu cabelo, que se bagunça cada vez mais, e da fumaça do chá que traz um agradável cheiro em minha direção. Está tudo quieto com exceção da música que sai da vitrola, bem baixinho e do som da chuva que toca uma estranha melodia lá fora. Vejo meu celular piscando me avisando que há novas mensagens, mas não me importo muito. Minha mente gira entre a história que leio e diversos pensamentos que me distraem e perturbam. Eu estou confusa, cansada e na cena mais perfeita que eu poderia imaginar. Não sei porque escrevo tudo isso. Talvez seja porque o disco parou de rodar e eu parei a leitura pra trocar o lado e ouvir a banda passar tocando coisas de amor, ou, talvez, porque eu queria memorizar esse momento de alguma forma.Tenho me sentido sozinha. Acho que deveria ficar mais tempo sozinha. Mas não sei. Não sei de muita coisa ultimamente. Reparo agora, enquanto escrevo, que esse texto não faz muito sentido, ainda não sei porque o escrevo. As palavras parecem fluir, como se se escrevessem sozinhas. Gosto disso.Gosto de você também, mas suponho que não venha ao caso. Talvez eu poste isso. Não sei. Como disse gostei dele. É confuso, singelo e sincero. Se parece comigo. Mas acho que ninguém teria paciência de ler e se tivesse não ia gostar muito. Como disse, esse texto se parece comigo. Acho que vou parar por aqui. Meu chá está esfriando e minha mente implora por um desfecho para a única história da qual pode descobrir: a do livro. Já que as outras, as minhas histórias, parecem preferir fazer da minha mente um parque de diversões...


Para Alguém lembrar

Com simplicidade, Eu.

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