top of page

Eu sou filha do mar, tenho a cabeça nas nuvens e tento manter os pés no chão...

  • Foto do escritor: Isabella Fernandes
    Isabella Fernandes
  • 12 de fev. de 2019
  • 2 min de leitura

O céu e o mar se misturam aos meus pés, está simplesmente lindo, as cores do fim de tarde pintando as nuvens que se refletem no mar como se ele fosse um grande espelho azul. A brisa salgada e o som das ondas quebrando me invadem junto a um pensamento: Estou aqui, mas eu sou de lá. Eu estou aqui, mas é do Mar que sou. Aqui, perto dele, sinto-me em paz pela primeira vez em muito tempo. Eu sempre amei o mar, como se ele fosse um lar para qual eu devo retornar um dia. Como se eu fosse uma filha rebelde que foge de casa e ele o pai que aguarda pacientemente minha volta, esperando para me acolher novamente em suas ondas. Me parece errado estar aqui, longe do seu infinito azul, ora revolto ora tranquilo, é dele que é feito meu coração, daquela imensidão que acolhe ou afoga. Eu sempre amei o mar, afinal somos tão parecidos. Sou aquele mar calmo que todos querem mergulhar, mas só porque não tem noção de sua profundidade e dos segredos que ele esconde, porque não sabem da sua intensidade, da inconstância de sua maré e de como é fácil se perder nela. Eles nunca sabem nada sobre mim e eu, por vezes, prefiro assim. Olho uma última vez para o mar, sinto uma lágrima tão salgada quanto suas águas escorrer, despedindo-se, uma onda me alcança quebrando em meus pés, deixando que aquela única gota de mim voltasse pra casa. Eu sou filha do mar, tenho a cabeça nas nuvens e tento manter os pés no chão. E se um dia você resolver mergulhar nesse mar revolto que chamo de vida, lembre-se: mar calmo nunca fez bom marinheiro.

Para: O Mar, meu lar Com saudades, Sua filha.


ree

Comentários


Post: Blog2_Post

©2018 by Dói sem tanto. Proudly created with Wix.com

bottom of page