Nas madrugadas é que me faço dia
Aproveitando minha insana companhia
Desfrutando da arte de ser só
Mesmo que só me reste o pó
Ouvindo o silêncio das esquinas
Me esgueirando das quinas
Ando descalça pela casa
Mas só por não ter asa
Se não voava no céu pra ver a lua
Passaria voando pela vazia rua
Feito passarinho, tipo coruja
Grandes olhos tenho já
Só me falta as asas pra poder voar
E ser madrugada em outro lugar
P.s.: saber ser só é pra poucos